sábado, 16 de junho de 2007

..MEDO..

Não espere de mim
um sorriso a todo instante.
Não tenho o que oferecer,
além das palavras mudas
que meus lábios de ferro hospedam.
O medo inóspito dentro do coração.
O medo, meu Deus, quanto medo!
Do resfolegar do vento nas folhas
do ladrar medroso dos cães
nas ruas escuras.
O medo de desarmar‑me das palavras
que machucam e ferem
como braços de sombras empunhando
espadas e coronhas cavalgando
em meus olhos medrosos
fixos, em algum lugar do céu.


Francis de Oliveira

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Oh Deus! Salva-me destes infames demônios do passado que, a fogo e brasa, enegrecem minha pele alva e funebriam meus sonhos.

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